Ainda o tempo. Um homem escreve e é o vértice máximo na geometria das constelações, simbiose de correspondências nervosas – organismo de tecidos híbridos: uma corola contorcida no revolver da água. Um avanço, um recuo. O abandono à espiral multicolor em que se espera por um barco de papel, desejo de silêncio, baptismo de aromas e seios de água: o prazer da combustão. E daqui não se pode fugir: sempre exististe como sempre vais existir. Como o ondular cintilante do lago ao beijo da pedra.
M. TIAGO PAIXÃO nasce em Lisboa no ano de 1982. Não calça luvas.